SC registra 38 mortes por gripe A em 2012

Fonte>. g1.globo.com

Foram confirmadas 35 mortes por H1N1 em SCDados do Ministério da Saúde apontam 51 óbitos no país.
Entenda as formas de contágio e saiba como se prevenir.

Duas em cada três mortes por gripe A ocorrem em SC
Ao menos 38 mortes decorrentes da gripe A H1N1 já foram registradas em Santa Catarina neste ano. O dado, atualizado pela Secretaria Estadual da Saúde nesta sexta-feira (29), preocupa, já que nenhum óbito foi registrado em todo o ano passado.


Dados do Ministério da Saúde apontam 51 mortes em todo o país, segundo balanço do último dia 14.
O diretor da Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina, Fábio Gaudenzi de Faria, diz que não há uma explicação para a concentração de casos no estado, que não teve nenhuma morte registrada em decorrência do H1N1 no ano passado. "É quase  impossível prever com certeza absoluta a dispersão dos vírus influenza, porque há uma série de fatores que diminuem ou favorecem a circulação do vírus em um determinado momento", afirma.
Segundo ele, apesar da alta, não há nenhum tipo de medida emergencial programada no estado. "A secretaria continuará passando à população as orientações iniciadas em maio, como a etiqueta respiratória, a forma mais eficaz de diminuir a circulação dos vírus respiratórios de inverno. O estado de Santa Catarina preparou campanha publicitária e material para distribuição. Além disso, há uma série de medidas realizadas para que os serviços de saúde consigam atender adequadamente os casos de doença respiratória."
Técnicos do Ministério da Saúde foram enviados ao estado para avaliar a situação. Há duas semanas eles investigam as causas do aumento de mortes.
A gripe, também conhecida como influenza, é uma doença causada por uma grande variedade de vírus. O H1N1 é apenas um deles. Avaliações realizadas desde 2009 mostraram que a mortalidade pelo vírus é um pouco maior que a causada por outros vírus influenza. A principal diferença é que ele também se mostra letal em jovens e adultos.
A influenza, em geral, tem um potencial de gravidade, e o contágio se dá por meio de gotículas liberadas pela respiração, fala ou tosse. A vacina é uma das formas de prevenção, mas a dose tem uma taxa de proteção em torno de 70%. Assim, mesmo que se vacine toda a população, 30% dela não estará protegida.
Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica, a vacina é elaborada para proteger contra a influenza em geral. Para isso, são escolhidos, no ano anterior à campanha, os três vírus com maior circulação. Neste ano, o H1N1 é um dos subtipos contra os quais a vacina age. Mas, diferentemente de outras doenças, como a pólio e o sarampo, a influenza não pode ser erradicada. Mesmo que toda a população seja vacinada e se consiga diminuir a circulação de um subtipo de vírus, outro subtipo acaba circulando. Por isso, a Secretaria de Saúde afirma que a estratégia mais adequada é o atendimento precoce e a medicação imediata.
No ano passado, não houve nenhum caso de morte confirmado por H1N1 no estado de Santa Catarina, mas foram registrados 1.627 casos de óbitos por doenças respiratórias graves.
Confira as dúvidas mais frequentes sobre a doença.
É possível prevenir a doença?
Sim. Cubra a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar e jogue o lenço no lixo após o uso. Lave bem as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar. Você também pode usar produtos à base de álcool para limpar as mãos. Evite tocar os olhos, boca e nariz, porque os germes se espalham desse modo. Não compartilhe objetos de uso pessoal, como copos, pratos e talheres. Evite contato próximo com pessoas doentes. Alimente-se bem.

Quais sintomas indicam que eu posso estar com a nova gripe?

Febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza. Se apresentar qualquer um dos sintomas, procure seu médico ou vá a um posto de saúde rapidamente.

O que eu não devo fazer?

Não deixe passar 48 horas do início dos sintomas sem fazer nada. Não recorra à automedicação. Também não fique obcecado por fazer o teste para confirmar se você tem o vírus. Médicos e hospitais vão tratá-lo, independentemente da confirmação laboratorial.

A nova gripe é parecida com a comum?
Sim. Na gripe comum, a maioria dos casos apresenta quadro clínico leve e quase 100% evoluem para a cura. Isso também ocorre na nova gripe. Em ambos os casos, o total de pessoas que morrem após contraírem o vírus em todo o mundo é, em média, de 0,5%. Como cerca de 30% dos que pegam gripe (de qualquer tipo) não apresentam sintomas, e nem todo mundo vai ao médico para relatar a infecção, a porcentagem real de mortos é ainda menor.

O que indica agravamento do quadro clínico?
Frequência respiratória superior a 25 respirações por minuto, dores no peito, pressão baixa, dedos das mãos e dos pés arroxeados, confusão mental, sinais de desidratação.

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